Submergida em um mar profundo de culpa e dor, Elisa se recrimina pelos seus erros do passado. Ela não é religiosa. Tambem não conhece a Biblia, nem acaricia inquietações espirituais. Porem, a culpa asfixia e a paraliza. Algo, dentro dela, parece que a condena ao sofrimento. De certa maneira, ela sente que merece as adversidades que enfrenta. O seu terapeuta tem tentado ajudá-la a justificar seus erros. Mas por mais que tente racionalizá-los, algo mais forte que o "poder" da sua mente diz que ela é culpada. Elisa ignora o fato de que o ser humano nasce com o complexo de culpa. "Culpa existencial", diriam os psicólogos. Não importa o nome que o homem dê. A natureza humana nasce separada de Deus e longe do Criador, não tem como ser feliz. Algo inconsciente parece crucificá-la na cruz dos seus erros. A doce joven, olhos cor de mel, olhar penetrante e um sorriso melancólico, leva anos para descobrir a origem da sua angústia. Uma noite, cansada de envenenar-se com remédio...