Recebi Carlos e Márcia em meu escritório; um casal jovem, casados há pouco mais de dois anos, bons cristãos, aparentemente um casal modelo. O que ninguém sabia era que eles estavam vivendo em pé de guerra. Carlos era um sujeito extrovertido, brincalhão, boa praça. Márcia era reservada, quase introvertida e um pouco ciumenta. Conversei com os dois por algum tempo e concluí que os dois precisavam de uma terapia espiritual que lhes ajudassem a viver amavelmente com suas diferenças. O problema desse casal era o seguinte: Carlos exigia que Márcia se comportasse e reagisse como se fosse ele e, Márcia, exigia que Carlos pensasse e sentisse como se fosse ela. Ao longo de muitos anos lidando com casais em tempo de crise, descobri que os casais “brigam” menos quando sabem lidar com suas diferenças e “brigam” mais quando pretendem ser iguais. Essa atitude, às vezes, leva o casal a uma vida de constantes decepções. Todo casal precisa entender que suas diferenças são normais e previsíveis, e que e...