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A garotinha mimada de Deus

 
Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá. Salmo 27:10

Embora sendo a mais nova de três irmãos, nunca experimentei o prazer de receber muita atenção ou de ser mimada. Meus irmãos e eu somos tão próximos na idade que devíamos ser todos bebês ao mesmo tempo. Eu diria, porém, que meu irmão, o mais velho e o único menino, recebia não só bastante atenção, como geralmente também o que quisesse. Minha irmã, sendo a do meio, aprendeu como chamar alguma atenção para si e como conseguir também o que quisesse.

Meu irmão e minha irmã têm 10 meses de diferença de idade. Mamãe admitiu para mim que, quando ficou grávida de novo antes que minha irmã completasse um ano, recebera muita crítica das pessoas, que brincavam dizendo que ela era uma máquina de fazer bebês. Isso a levou a ficar um tanto depressiva enquanto me esperava.

Meus pais me amaram, eu sei, embora eu nem sempre tenha sentido isso. Agradeço a Deus o fato de que minha posição e experiência como a caçula me ensinaram a ser independente. Louvo a Deus também porque nossos pais nos criaram como cristãos, e aprendi que posso (e preciso) depender de Deus quanto a todas as minhas necessidades. Enquanto crescia e cultivava um íntimo relacionamento com Deus, acabei deixando de sentir pena de mim mesma.

Agora, fazendo um retrospecto da minha vida, posso ver que Deus tem suprido todas as minhas necessidades, e tem feito isso sempre no momento perfeito – o dEle. Consegui enxergar isso, de verdade, numa sexta-feira à noite, após uma semana muito difícil no trabalho e lidando com questões familiares. Duas coisas que me haviam mantido acordada, preocupando-me tarde da noite, foram resolvidas por Deus. Vi, também, que eram coisas com as quais eu desperdiçara tempo me preocupando. Deus havia estado no controle o tempo todo.

Subi para o meu quarto quando o sol se punha e, ah!, que vista magnífica! Também percebi que pela outra janela, do lado oposto do quarto, eu tinha com frequência uma vista maravilhosa do nascer do sol. Isso, na verdade, era a resposta a uma oração casual que eu havia feito tempos atrás, para morar numa casa de onde eu tivesse uma visão clara desses dois eventos diários. Isso me trouxe lembranças de todas as outras orações sérias e casuais que Deus havia atendido. E me fez acreditar que Deus cuidará de mim em meio a futuras lutas. Enquanto eu procurar viver de acordo com Sua vontade, as bênçãos fluirão. Essas bênçãos eu devo partilhar com outros.

Mirlène André

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