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Minha Companhia Felina



O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra. Salmo 34:7.

Quando minha sogra chegou ao estado terminal, com câncer, nossa família precisou fazer planos especiais para cuidar dela em casa, enquanto fosse possível. Amigos e familiares ajudaram um pouco, mas a maior parte da responsabilidade recaiu sobre meus ombros e os do meu esposo.

Felizmente, ela morava a uma distância de nossa casa que podia ser percorrida a pé. Eu assumia o turno do dia. Julie, nossa filha no ensino médio, ajudava à tarde e início da noite, de modo que eu pudesse ir para o meu emprego de meio expediente como zeladora na escola. Carl assumia o turno da noite.

Carl e eu precisávamos de algum tempo juntos. Assim, depois de fazer algumas coisas em casa, por volta das 21h30, eu ia até a casa da mãe dele, para ficarmos juntos. A essa altura, ela já estava dormindo. Eu voltava para casa caminhando, lá pelas 23 horas. Carl se preocupava com a minha segurança e queria me acompanhar, mas não podia deixar a mãe sozinha.

Um dos casais que moravam ao lado da nossa casa tinha vários cães grandes, e permitia que andassem soltos. E esses cães eram definidamente mais agressivos depois que escurecia! Eu disse a Carl que não se preocupasse, pois além de ter Deus para me proteger, eu tinha a companhia dos gatos.

Carl olhou para fora, pela janela da sala de sua mãe. Ali, na varanda, estavam nossos três gatos malhados e listrados, Georgette, Tigerette e Beastie Boy. Cada noite, os gatos vinham comigo para a casa da vovó, permaneciam na varanda até que eu estivesse pronta para voltar e então me acompanhavam para casa. Nossos gatos me alegraram o coração durante aqueles dias tenebrosos e probantes. Os cachorros nunca me incomodaram durante os nove meses em que seguimos essa rotina.

Já ouvi dizer que “gatos são anjinhos peludos”. E certamente parecia que os nossos três eram. Talvez Deus tenha considerado que seria melhor se eu também tivesse uma companhia visível. Sou agradecida por ter Ele impressionado os corações felinos a fazer o que fizeram. Como foi bom Ele ter usado nossos amigos peludos para mostrar o quanto cuida de nós e como Se importa com o que estava acontecendo conosco.

Os gatos envelheceram e morreram. Mas o amor e a bondade que os levaram a ajudar tornaram mais suportável nossa provação, e permanecerão para sempre em minha lembrança.


Bonnie Moyers

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