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Deus Cuida de Mim







E será que, antes que clamem, Eu responderei; estando eles ainda falando, Eu os ouvirei. Isaías 65:24.

Era o dia 18 de agosto de 1976, e me encontrava a caminho entre Seul, Coreia do Sul, e nossa pequena vila de Sanjuri. Meu esposo estava estacionado em Camp Pelham, pertinho de Panmunjom, a Zona Desmilitarizada que separa a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Na embaixada dos Estados Unidos, eu recebera um passaporte para nosso filho de 2 meses de idade e nossa filha de 4 anos.

Antes de sair do trem, pude sentir tensão no ar. Como eu não entendia o idioma, andei apressadamente a curta distância até nossa casa. Chegando lá, soube que dois recrutas americanos, que estiveram num destacamento, tinham sido brutalmente mortos a machadadas por soldados norte-coreanos na Zona Desmilitarizada. As Forças Armadas dos Estados Unidos ao redor do mundo foram colocadas em alerta máximo. Várias perguntas começaram a circular. Os Estados Unidos e a Coreia do Norte entrariam em guerra? Haveria tempo suficiente para a evacuação dos civis? Veríamos nossos queridos novamente? Prevaleceriam as negociações?

Foi decretado toque de recolher, do pôr-do-sol ao amanhecer, e desligada a energia das vilas durante a noite. Que sensação sinistra!

Oramos ao Senhor pedindo segurança e pedimos que se fizesse a Sua vontade. Na manhã seguinte, meu esposo nos colocou num trem para Seul, a fim de ficarmos no centro militar da nossa igreja. Ele disse: “Yvonne, se eu não a vir outra vez, cuide de si e das crianças.” Lá no centro, tive o privilégio de conversar com outras famílias da igreja. Sabíamos que, se fosse decretada a evacuação, estaríamos perto do aeroporto.

No dia 21 de agosto, a tensão começou a ceder. A Operação Paul Bunyan descreve o incidente como segue: “O governo norte-coreano fez com que uma árvore em Panmunjom se tornasse símbolo de brutalidade e opressão. Por três dias, ela permaneceu como um desafio aos homens livres do mundo todo. [...] Um grupo de homens livres se ergueu e a derrubou.” Que alívio!

Foi possível voltar a Sanjuri mais uma vez. Por meio dessa experiência, aprendi que o Senhor – não simplesmente um grupo de homens livres – respondera às nossas orações. Minha família foi poupada e uma nação inteira ainda desfruta liberdade.


Yvonne Donatto

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