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Permanecendo Fortes

O semeador saiu a semear. [...] Parte dela [da semente] caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um. Mateus 13:3-8, NVI.



Grandes flores de cravos-da-índia amarelas, cor de laranja e tom de ferrugem se acomodavam no caixote, aguardando seu novo lar num jardim. Elas me haviam chamado a atenção como sendo perfeitas para meu quintal externo. Suas tenras folhas verdes sinalizavam uma folhagem sadia que embelezaria meu jardim.



Eu as plantei na melhor terra e coloquei os vasos entre as pedras. Tinham espaço, sentiam o vento e saboreavam o Sol. Mas havia lugar para apenas metade das flores nos vasos. Então, plantei as demais perto uma da outra num canto do jardim, como cobertura do solo.



As plantas dos vasos não se deram bem, a princípio. Não gostaram de ser plantas isoladas nos vasos. Sem o apoio das outras, enfrentavam sozinhas o vento. Suas corolas pendiam. As folhas murcharam. Eu as regava e nutria, enquanto aguardava. Gradualmente, as plantas ganharam força. As flores se ergueram. As folhas se encorparam.



Estavam crescendo! As flores dos vasos não apenas cresceram – elas vicejaram, como a casa construída sobre a rocha.



O que aconteceu com aquelas que foram plantadas uma junto da outra? A princípio, desenvolveram-se bem; depois, fragilizaram-se. Não havia espaço para o crescimento.



As raízes se emaranharam umas nas outras; as folhas secaram. As flores murcharam.



É agradável permanecermos na nossa zona de conforto, rodeadas pela família, por amigos, dinheiro, conveniências e igreja. Podemos depender dos outros para nosso crescimento espiritual, e achar que tudo acontece de modo automático. Muitas vezes, é quando nos colocamos em marcha sozinhas, ou quando uma crise nos separa, que avançamos na vida, sabendo o que Deus pode fazer por nós, individualmente. É aí que crescemos, tornando-nos fortes e seguras, compassivas e amadurecidas.



Edna Maye Gallington

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