Fazendo o Bem
Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando. Tiago 4:17
A tarde ia pela metade, num lindo dia de primavera. Eu havia buscado meu filho de 11 anos na escola e estava a caminho de casa, com o pequeno de 2 anos de idade e a filhinha de 6 meses no banco traseiro. Um ônibus escolar amarelo estivera à nossa frente por vários quarteirões, e os menores começaram a ficar inquietos. Eu estava ansiosa por chegar à nossa casa.
Estávamos a seis quarteirões de casa quando as luzes vermelhas do ônibus escolar se acenderam. Reduzi a marcha e depois parei, enquanto uns 15 adolescentes desembarcavam e começavam a andar em círculos. Pude ver que se armava uma confusão. Eles estavam na frente do meu carro, falando rudemente, gritando, dizendo nomes feios e fazendo gestos ameaçadores para uma garota em particular. Ela tentou ir na direção do meio-fio, mas os adolescentes a interceptaram. Então, uma moça se adiantou e a empurrou. A garota empurrou também. Outros se aproximaram dela. Observei, horrorizada, com o coração batendo forte, enquanto vi o que seria uma agressão à garota. Isto não pode acontecer, pensei. Não pode!
Instantaneamente, estacionei o carro e saltei. Coloquei-me entre os adolescentes e a garota sendo castigada. Sacudi a cabeça de um lado para o outro e disse, calmamente: “Por favor, não façam isso.” Sem dizer uma palavra, o grupo todo virou-se para ir embora, avisando a garota: “Nós pegamos você outra hora. Ainda não acabou!” Ela se afastou, na direção de casa. Aliviada, entrei no carro, tranquei as portas e percorri as últimas quadras até minha casa.
Já se passaram 23 anos desde aquele dia, e meu filho mais velho, ocasionalmente, me faz lembrar de como me coloquei – e a eles também – no caminho do perigo. Olhando para trás, sei que isso é verdade, mas na ocasião não pensei nisso. Agi por impulso naquele momento e fiz o que julguei ser certo. Pensei que não fazer algo para ajudar teria sido pecado. Muitas vezes enumeramos os atos que consideramos errados ou pecaminosos. Mas fechar os olhos para fazer o que é certo, direito e abnegado, especialmente algo crítico, como ajudar uma pessoa que se encontra em tremendos apuros, também é pecaminoso.
Nem sempre é fácil ou confortável escolher fazer o certo, mas o Espírito Santo de Deus nos incita e guia, e Seus anjos nos protegerão enquanto aproveitamos as oportunidades que Ele coloca diante de nós.
Iris L. Kitching