Conforto e Descanso Vêm de Deus
Entregue suas preocupações ao Senhor, e Ele o susterá; jamais permitirá que o justo venha a cair. Salmo 55:22, NVI
O outono fazia suas despedidas e já sentíamos a aproximação do inverno, com seus dias curtos e baixas temperaturas, trazendo alívio do calor característico na região centro-oeste do Brasil.
Eu sabia que aquela tarde tocaria minha vida. Eu devia fazer companhia por algumas horas para minha avó hospitalizada, até que chegasse a pessoa que passaria a noite com ela. Algo me dizia que aquela seria a última vez que eu estaria com ela. Quando entrei no quarto, vi vovó com um tubo no nariz e ela pediu, por meio de gestos, que ele fosse removido. Apertando minha mão e olhando firmemente dentro dos meus olhos, cochichou: “Por favor, querida, quero ir para casa. Ajude-me a sair daqui. Quero ir embora.”
Ela estivera extremamente agitada, segundo me informaram. A situação me preocupou muito; eu precisava acalmá-la e comecei a orar para que Deus me guiasse.
Vovó completaria seu centésimo aniversário na semana seguinte. Vinha lutando contra um tumor na cabeça e graves problemas intestinais; todavia, estava lúcida e se comunicava bem. Acariciei-lhe o rosto e as mãos marcadas pelos anos, e quase instintivamente, num tom suave, comecei a cantar hinos acerca do amor de Jesus, Seu retorno e a Nova Terra. Aos poucos, ela se acalmou. Olhava para mim, apertava minha mão, às vezes derramava uma lágrima e às vezes tentava acompanhar-me. Cantei durante a tarde toda. Quando saí, naquela noite, ela dormia tranquilamente, algo que não fizera por vários dias.
Naquela noite, dei graças a Deus por vovó e sua longa vida, pela certeza da vida eterna e pelo conforto encontrado na Bíblia e nos cânticos inspirados, que têm o poder de acalmar e abrandar o sofrimento e transportar nossos pensamentos para um outro mundo.
Aquela foi a última vez que vi minha avó; quero, porém, abraçá-la na ressurreição, e juntas vamos cantar muitos cânticos na Nova Terra. Absolutamente nada – nem sofrimento nem morte – pode separar-nos desse amor maravilhoso se entregarmos nossas preocupações ao Senhor.
Entregue suas preocupações ao Senhor, e Ele o susterá; jamais permitirá que o justo venha a cair. Salmo 55:22, NVI
O outono fazia suas despedidas e já sentíamos a aproximação do inverno, com seus dias curtos e baixas temperaturas, trazendo alívio do calor característico na região centro-oeste do Brasil.
Eu sabia que aquela tarde tocaria minha vida. Eu devia fazer companhia por algumas horas para minha avó hospitalizada, até que chegasse a pessoa que passaria a noite com ela. Algo me dizia que aquela seria a última vez que eu estaria com ela. Quando entrei no quarto, vi vovó com um tubo no nariz e ela pediu, por meio de gestos, que ele fosse removido. Apertando minha mão e olhando firmemente dentro dos meus olhos, cochichou: “Por favor, querida, quero ir para casa. Ajude-me a sair daqui. Quero ir embora.”
Ela estivera extremamente agitada, segundo me informaram. A situação me preocupou muito; eu precisava acalmá-la e comecei a orar para que Deus me guiasse.
Vovó completaria seu centésimo aniversário na semana seguinte. Vinha lutando contra um tumor na cabeça e graves problemas intestinais; todavia, estava lúcida e se comunicava bem. Acariciei-lhe o rosto e as mãos marcadas pelos anos, e quase instintivamente, num tom suave, comecei a cantar hinos acerca do amor de Jesus, Seu retorno e a Nova Terra. Aos poucos, ela se acalmou. Olhava para mim, apertava minha mão, às vezes derramava uma lágrima e às vezes tentava acompanhar-me. Cantei durante a tarde toda. Quando saí, naquela noite, ela dormia tranquilamente, algo que não fizera por vários dias.
Naquela noite, dei graças a Deus por vovó e sua longa vida, pela certeza da vida eterna e pelo conforto encontrado na Bíblia e nos cânticos inspirados, que têm o poder de acalmar e abrandar o sofrimento e transportar nossos pensamentos para um outro mundo.
Aquela foi a última vez que vi minha avó; quero, porém, abraçá-la na ressurreição, e juntas vamos cantar muitos cânticos na Nova Terra. Absolutamente nada – nem sofrimento nem morte – pode separar-nos desse amor maravilhoso se entregarmos nossas preocupações ao Senhor.
Olga Fernandes dos Reis