E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Filipenses 4:19.
Quando é que vou usar essas saias? perguntei a mim mesma. Embora fossem muito bonitas, eu não tive muito interesse nas cinco saias longas (que eram justamente o meu tamanho), quando as recebi numa sacola. Sempre considerei saias longas muito formais, e as usava somente em ocasiões solenes. Então, eu as alterava para ficarem do meu gosto: na altura do joelho. Imaginei que podia alterar estas também, quando tivesse tempo. Mas quando olhei para elas com mais atenção, vi que as estragaria, porque teria que remover os lindos detalhes ao redor da bainha. Seria realmente um desperdício. Achei que talvez pudessem ser usadas para alguma apresentação especial ou numa ocasião mais formal, mas logo perdi o interesse pelas saias. Assim, acabaram guardadas no fundo do guarda-roupa, e me esqueci delas.
Algum tempo depois, fui a uma consulta médica. Minhas veias varicosas estavam piorando. Meu médico indicou que seria necessária uma cirurgia vascular, porque algumas das veias precisariam ser removidas. Foi tudo bem com a cirurgia. O médico disse que eu não deveria expor as pernas ao sol por pelo menos três meses, porque a luz solar causaria manchas permanentes na incisão da cirurgia.
Minha mente foi de imediato ao guarda-roupa onde eu havia guardado as lindas saias que recebi. “Doutor”, respondi, “tenho um Pai celeste que é onisciente e prepara as coisas para mim. Antes mesmo de ter sido marcada a cirurgia, Ele já sabia que eu ia precisar de saias longas, e as providenciou para mim.”
Naquele momento, a desconsideração que eu sentira pelas saias se transformou em amor. Quando voltei para casa, provei-as, uma por uma, considerando-as ainda mais bonitas que antes. Que presente lindo Deus me mandou!
Uma vez mais, Senhor, muito obrigada! Perdoa-me pelas vezes em que me preocupo em meio às provas que surgem. Ajuda-me sempre a recordar que Te encarregaste da minha vida. Quando meus fardos são colocados aos Teus pés, Tu os carregas para mim.
Maria Moreira de Almeida